
Na época muitas bandas estavam tentando essa fusão de rap/metal/hardcore, mas o RATM saiu anos luz à frente das demais por ter acertado na mosca na mistura, conseguindo fazer músicas que apesar de pesadas tinham a famosa `gota pop`, o que permitia que elas tivessem execução maciça na MTV e em rádios especializadas, sem falar no `empurrão` que uma gravadora gigante como a Epic Records pode dar na carreira de qualquer banda.
Além disso as letras de Zak apresentaram toda uma geração aos ideais dos militantes esquerdistas dos anos 60 e 70, na melhor tradição de MC 5 e bandas afins.
Inclusive a banda teve participação ativa em protestos contra a censura (o famoso show em que subiram ao palco pelados e não tocaram), protestos pela situação na região de Chiapas (México) e na campanha pela libertação de Múmia Abu Jamal.
O disco vendeu como água no deserto, e em pouquíssimo tempo a banda se tornou uma das maiores dos E.U.A, com shows lotados e vendagens enormes dos discos seguintes, até um fim muito mal explicado no comecinho da década de 2000.
Ano passado a banda se reuniu para alguns shows em festivais (inclusive no `ultra hype` Coachela) e ao que tudo indica vem material novo por aí.
Mas junto com todos esses méritos do RATM veio um efeito colateral fortíssimo (ao menos aqui no Brasil), a sonoridade deles deu origem a uma leva interminável de bandas pavorosas que inventaram de colocar `rap` em seu som, estou falando de `coisas` como Charlie Brown Jr. (argh!!!!!!), Tijuana (blargh!!!!) e por aí vai.
E as letras deram origem a uma geração de pretensos `intelectuais revolucionários` que não fazem nada além de regurgitar os chavões mais batidos do socialismo, como prova o medíocre culto ao super estimado Che Guevara.
Mas deixando esse `zé povinho` de lado, o disco é muito bom, baixe!

RAGE AGAINST THE MACHINE - BOMBTRACK
RAGE AGAINST THE MACHINE - KILLING IN THE NAME
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