Em pouquíssimo tempo conseguiu um contrato com o lendário selo Wax Trax, pelo qual lançou seus primeiros trabalhos.
Em 1985, durante uma tour do Ministry, Jourgensen conheceu Paul Barker, então baixista do Blackouts, banda de abertura do Ministry nessa tour.
Com a entrada de Barker, Jourgensen resolveu assumir o `flerte` que estava tendo com sonoridades e batidas Punk/Metal/Industrial, que começou a aparecer no disco `The Land of Rape and Honey` e finalmente veio à tona no disco `The Mind is a Terrible Thing To Taste`, lançado em 1989 e que foi o ponto de virada na carreira do Ministry.
O disco é uma porradaria só, uma mescla impecável de samples, baterias eletrônicas e guitarras pesadíssimas, uma sonoridade tão agressiva que chega a ser difícil de se classificar.
Se bem que a imprensa especializada tentou rotular o Ministry como dancecore, industrial thrash, industrial metal, cyberpunk....
Para promover o disco o Ministry fez a tour `Rollerball`, que tinha 10 músicos no palco por causa da dificuldade de criar todos os detalhes das músicas do Ministry ao vivo, na época o baixista Barker justificou a enorme banda de apoio ``É difícil porque nossos arranjos às vezes são complicados, antes de cada excursão passamos sempre umas duas semanas bolando como vamos reproduzir as músicas ao vivo.
Às vezes temos que mudar a afinação de algumas músicas.
Seria fácil para nós fazer uma turnê só com 2 músicos e um monte de bases pré-gravadas, mas achamos isso ridículo.
Gostamos de tocar ao vivo``.
Na tour do disco o Ministry resolveu usar um recurso insólito, uma grade(!!!!) cobria toda a extensão do palco, separando público e banda.
Barker: ``Queríamos realçar o caráter claustrofóbico de nosso som, por isso nos trancamos numa jaula``.
Jourgensen: ``A grade tornou os shows ainda mais violentos,que era exatamente o que nós pretendíamos.
O público liberava sua agressividade destruindo aquela grade.``
Em quase todos shows a grade foi destruída, em Palo Alto (Califórnia) Barker e Jourgensen saíram na porrada com um bando de skin heads nazistas que estavam no show, Barker chegou a quebrar um baixo na cabeça de um deles!
Com o sucesso de `The Mind is A Terrible Thing to Taste`, Jorgensen e Barker passaram a ser bastante requisitados para trabalharem com outras bandas, o que os levou a criar vários projetos paralelos, entre eles o Revolting Cocks (RevCo), Lard (com Jello Biafra!), 1000 Homo DJ´s (que nome! Com Trent Reznor), PTP e Pailhead (com Ian McKeye, Minor Threat/Fugazi)
Em 1992 o Ministry lançou `Psalm 69`, que foi ainda mais pesado, mais agressivo, mais experimental, `mais tudo` que o disco anterior!
Puxado pelo demente single `Jesus Built my Hotrod` (cantado por Gibby Haynes, do Butthole Surfers) o disco estourou ao redor do mundo, transformando o Ministry em uma banda grande.
Uma curiosidade: o disco tem dois nomes, `Psalm 69: The Way to Succeed and Suck Eggs` e `ΚΕΦΑΛΗΞΘ`, que é `cabeça` ou `líder` em grego.
Apesar do nome o disco e a música não tem nada a ver com o Salmos 69 da Bíblia cristã.
O título foi tirado de um livro de Aleister Crowley chamado `The Book Of Lies ( Psalm 69: The Way to Succeed and Suck Eggs), no qual a expressão `the way to succeed and suck eggs` foi usada como uma metáfora para a famosa posição sexual `69`, exatamente por isso um dos capítulos do livro é chamado de `ΚΕΦΑΛΗΞΘ`, uma palavra grega cuja tradução é `cabeça` (head), que faz o vínculo nada sutil com a expressão da língua inglesa `to give head`, que nada mais é que o famoso fellatio, felação, em português bem claro, boquete!
Hehe, aulas de educação sexual com o Ministry!
Me lembro direitinho de quando o Ministry começou a ser comentado nas revistas de música, no comecinho dos anos 90, assisti o clip de `Jesus Built my Hotrod` no saudoso `Fúria Metal` e chapei no som!
Um pouco depois consegui um vinil de `Psalm 69`, um amigo tinha o `The Mind...`, marcamos um dia e gravamos um o disco do outro (bebendo muita pinga!) e fizemos uma super fita cassete, com as melhores músicas dos 2 discos!
Hehe, antigamente era foda conseguir sons underground, não era a moleza que é hoje, mas ao contrário da maior parte das pessoas de minha idade (35) que ainda são envolvidas com qualquer tipo de cultura underground, não tenho o menor saudosismo dessas `batalhas` para se conseguir um som, prefiro os dias de hoje, em que quase tudo está disponível para download com alguns cliques de mouse.
Não há como negar que a facilidade em se conseguir sons que eram praticamente inacessíveis alguns anos atrás trouxe milhões de bicões para a cena underground, mas também não dá para negar a verdadeira `mão na roda` para fanáticos como eu que é conseguir sons que nós sonhávamos em ter e não tínhamos grana para conseguir.
Seja como for o download de MP3 é uma realidade que não irá acabar tão cedo, se é que vai acabar, goste-se disso ou não.
O final `tecnológico` desse texto ficou a cara do Ministry, seja bem vindo ao som pesado do século XXI !
Baixe os 2 discos e curta no volume máximo!
02. Burning Inside
03. Never Believe
04. Cannibal Song
05. Breathe
06. So What
07. Test
08. Faith Collapsing
09. Dream Song
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2. Just One Fix
3. TV II
4. Hero
5. Jesus Built My Hotrod
6. Scarecrow
7. Psalm 69
8. Corrosion
9. Grace
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MINISTRY - THIEVES
MINISTRY - BURNING INSIDE
MINISTRY - SO WHAT
MINISTRY - JESUS BUILT MY HOTROD
MINISTRY - N.W.O
MINISTRY - JUST ONE FIX
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