Formado em 1989, por Dino Cazares (Fear Factory/guitarra) e Billy Gold (Faith No More/baixo), desde seu surgimento o Brujeria esteve cercado por uma aura de mistérios e boatos, na verdade um genial golpe de marketing de seus membros fundadores.
Cazares e Gould desenvolveram o `conceito` do Brujeria baseando-se em uma chacina ocorrida em 1989 no Rancho Santa Elena (sem H mesmo, español cabron!), localizado em Matamoros (México).
Tudo indica que os mortos nessa chacina foram vítimas de um ritual satânico, praticado por traficantes!
A dupla passou a desenvolver músicas e letras com a `visão de mundo` dos autores da chacina: satanismo, sexo (em todas as variações possíveis e imagináveis), imigração ilegal, tráfico, críticas sociais e..........orgulho latino!
Para tornar tudo mais `extravagante` Cazares e Gould decidiram não revelar que eles eram os músicos por trás do Brujeria, inventando uma história que eram traficantes mexicanos que gostavam de grindcore e decidiram montar uma banda, por isso não podiam divulgar seus nomes ou fotos, nem fazer shows.
Essa história criou um verdadeiro `frisson` no underground da época, com muita gente boa acreditando nela.
Conforme as músicas iam sendo compostas Cazares e Gould foram adicionando membros à banda, todos com pseudônimos `mexicanos` grotescos.
Cazares se tornou `Asesino` (alguns anos depois usaria esse nome para `batizar` (epa!) sua banda solo) e Gould `Guero Sin Fe`.
Para o vocal chamaram Juan Brujo, e para a batera Emilio Márquez `El Sadistico`.
Uma das características mais inusitadas do Brujeria é o uso de 3(!!!) baixos, o 2º baixista foi Pat Hoed `Fantasma` e o 3º ninguém menos que Shane Embury (Napalm Death) que adotou a alcunha de `Hongo`.
Isso não é uma formação de banda, é uma formação de quadrilha!
Como não poderia deixar de ser o som desenvolvido pela banda era um grindcore/death metal, pra lá de agressivo, com o detalhe de ser totalmente cantando em espanhol, algo nada comum na época.
Com esse time o Brujeria gravou seu 1º single `įDemoníaco!`, que foi lançado de forma independente em 1989 e teve uma ótima aceitação no meio underground, gerando muito interesse pela banda.
Em
`Machetazos` também trouxe a estréia de `Pinche Peach` nos vocais e samplers.
Mais uma vez o lançamento de um single do Brujeria colocou em polvorosa o meio underground, mas nada de shows ou informações precisas sobre a banda, uma `tática` que só fez aumentar a curiosidade a respeito do grupo.
No mesmo ano o Brujeria lançou mais um single `El Patron` novamente pela Alternative Tentacles, e dessa vez a repercussão foi tão grande que a banda conseguiu um contrato com a Roadrunner.
A quadri....., quer dizer, banda entrou em estúdio e cometeu `Matando Gueros`, um clássico instantâneo, cercado de lendas.
Da capa às letras tudo foi milimetricamente planejado para chocar, e a estratégia deu certo, pois o disco vendeu bem e o Brujeria se tornou mundialmente conhecido.
E nada de shows!
Por falar na capa, ela é um `espetáculo` à parte: uma foto de uma cabeça decapitada que a banda viu no jornal mexicano įAlarma!, o encarte do disco traz fotos do resto do corpo, atravessado em um trilho de trem, todo arrebentado.
Há boatos que o cadáver é de alguém chamado Mario Rios, que foi morto juntamente com sua esposa em um crime não esclarecido.
A repercussão dessa capa foi tão grande que o Brujeria adotou a cabeça como `mascote` passando a chama-la de `Coco Loco` e a usa-la em seu merchandising.
Lembro de entrevistas hilárias da banda nessa época, ameaçando os repórteres e tudo, e também da estratégia de marketing da Roadrunner dizendo que a master do disco simplesmente apareceu em sua sede, em um envelope preto, mixada, masterizada, pronta para ser lançada!
O Brujeria continuou lançado singles, EP´s, e álbuns nos anos seguintes, e em 1997 finalmente fez um show surpresa no tradicional Whisky a Go Go, em Hollywood, que foi usado como lado B do EP `Brujerismo`.
Em outubro de 2003 fizeram seu primeiro show `oficial`, em Chicago, e a partir daí se tornaram uma banda `normal`, fazendo até tours!
Tours que já os trouxeram a terras tupiniquins duas vezes, em 2004 e 2007, sempre com muita expectativa e casas de shows lotadas.
PITITIS, MUY HERMOSA!!!!
Cazares e Gould saíram da banda alguns anos atrás, ao que tudo indica por causa de desentendimentos com Juan Brujo, e após a saída deles um monte de gente entrou e saiu da banda.
A atual formação da banda é : Juan Brujo (vocal), Pinche Peach (vocal e samplers), a gatíssima Pititis (Gaby Dominguez, backing vocals e baixo), Fantasma (vocal/baixo), El Cynico (Jeff Walker do Carcass, baixo), Hongo (guitarra, após a saída de Cazares ele assumiu o posto de guitarrista do Brujeria) e Podrido (Alan Erlandsson) na batera.
Não sou de jeito nenhum fã de grindcore, mas gosto bastante desse disco, pela ótima idéia e também pela maior parte das músicas, que são muito bem feitas e executadas.
Por causa desse disco acompanhei a carreira do Brujeria por algum tempo, mas nenhum dos outros discos deles que eu escutei `bateu` como esse aqui.
Morava nos E.U.A quando esse disco foi lançado, comprei `Matando Gueros` logo que ele saiu, e fazia questão de mostra-lo para meus amigos mexicanos, que invariavelmente falavam `įÉs muy satanico!`.
Me lembro de ver umas camisas com a capa do disco em algumas lojas de disco nos E.U.A, mas não pude comprar nenhuma porque minha situação financeira lá era a mesma daqui: quebradaço!
įViva México Cabron!
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2 comentários:
vo da um tiro nas suas kbças depois mutilar os seus braços
Curti o texto demais hahahaha! Valeu pelo post!
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