Produção: Francisco Ramalho Jr., Denise Fraga
Roteiro: Maurício Arruda, José Roberto Torero, Mariana Veríssimo, Luiz Villaça
Fotografia: Lauro Escorel
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Ramalho Filmes
Elenco: Maria de Medeiros, Marco Ribeiro, Paulo Henrique Mendes, Cleiton Santos, Mallu Gali, Ju Colombo, Daniel Henrique da Silva
Bom filme, me agradou bastante `O Contador de Histórias`!
Gosto muito de filmes nacionais, e sempre faço questão de assisti-los no cinema para dar minha pequena contribuição à indústria cinematográfica brasileira.
Mas quando eu falo filmes nacionais me refiro, com raríssimas exceções, aos filmes feitos da chamada `retomada` para cá, abomino com todas as forças aqueles filmes intelectualóides de Glauber Rocha & Cia limitada, gosto de filmes com começo, meio e fim, sem o ranço pedante e elitista daqueles filmes.
O sucesso de filmes como `Cidade de Deus`, `Carandiru`, e especialmente `Tropa de Elite` são a prova indiscutível de que há um público ávido por filmes nacionais, basta os diretores descerem de seu pedestal pretensioso e fazerem filmes que possam ser entendidos por todos, ou pelo menos pela maioria!
Adoro quando um filme me faz pensar, mas também adoro entrar no cinema e ter duas horas de escapismo, acho que é possível se achar um meio termo entre essas duas visões cinematográficas.
Dito isso, vamos ao filme, `O Contador de Histórias` mostra a incrível vida de Roberto Carlos Ramos, que nasceu em uma família pobre em BH e foi levado pela própria mãe para a FEBEM, onde `comeu o pão que o diabo amassou` e fugiu mais de 100 vezes, até conhecer a pedagoga francesa Margheritte , que acreditando que nenhuma criança é irrecuperável praticamente o adotou, e lhe mostrou que a vida podia ser muito melhor do que a realidade brutal que o cercava.
Com a ajuda de Margheritte, Roberto conseguiu se formar como professor e se tornar um dos mais renomados contadores de histórias do mundo.
O filme começa muito bem, principalmente na estapafúrdia seqüência em que uma gangue vestido no estilo `Jackson 5` assalta um banco e deixa o pequeno Roberto para trás!
O diretor acertou em cheio ao usar recursos visuais inusitados para mostrar a imaginação fértil de Roberto, a seqüência da professora de ginástica é antológica!
Quando Roberto cresce o filme perde um pouco do pique, mas isso não chega a estragar `O Contador de Histórias`.
O próprio Roberto Carlos aparece no final do filme, logicamente contando uma história.
Quero destacar duas coisas: a fidelíssima reconstituição visual dos anos 70/80, o requinte é tanto que em um jogo do Atlético Mineiro no Mineirão todos os figurantes estão com aquelas famosas camisas de futebol de pano, que valem uma fortuna hoje!
E a loja de discos em que os moleques passam correndo depois de mais um assalto no centrão de BH?
Cheia de vinis da época!
Outro destaque é a trilha sonora feita pelo veterano André Abujamra (Mulheres Negras, Karnak) e Márcio Nigro, o instrumental que rola quando o famigerado Cabelinho de Fogo aparece pela primeira vez no filme está até agora na minha cabeça!
Se você gosta de filmes nacionais te recomendo `O Contador de Histórias`, assista no cinema!
TRAILER
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