Se você está acompanhando as notícias sobre o movimento Occupy Wall Street, que se espalha por várias cidades do mundo, já deve saber que um dos símbolos do protesto é a máscara de Guy Fawkes - exatamente como criada por Alan Moore e David Lloyd em V de Vingança, clássica HQ de futuro distópico publicada nos anos 80. Desde o lançamento da adaptação para o cinema, em 2006, ativistas começaram a usar as máscaras em manifestações ou para esconder sua identidade (caso do grupo Anonymous, que atua principalmente via internet).
Moore já havia se pronunciado que estava contente em ver o símbolo que ajudou a criar se espalhando pelo mundo, e com o propósito que tem. Mas o jornal The Guardian ligou para o barbudo para saber mais do que ele pensa sobre a máscara hoje - que há poucos dias virou um pôster de Shepard Fairey, o artista que ficou famoso com cartazes para a campanha presidencial de Barack Obama, questionando se o presidente apoia o Occupy.
Diferente de Frank Miller, Moore sempre tendeu notoriamente para as políticas de esquerda, o que o torna simpático aos movimentos que vêm utilizando a máscara. "Acho que quando estava escrevendo V de Vingança, lá nas profundezas do meu eu, posso ter pensado: não seria ótimo se estas ideias tivessem algum impacto? Então quando você vê essa vã fantasia entrar no mundo real... É uma coisa peculiar. Parece que um personagem que criei há 30 anos deu um jeito de escapar da ficção."
Moore disse que começou a ver a máscara sendo utilizada em protestos de rua em 2008, pelo grupo Anonymous. Na época, achou que ela era interessante para os manifestantes protegerem sua identidade contra a Igreja da Cientologia, "já que eles são conhecidos por processar todo mundo".
Mas atualmente pensa diferente: "Ela transforma os protestos
Quanto ao fato da máscara ser um produto licenciado da Warner Bros. - a corporação dona da DC Comics e que retém os direitos sobre V de Vingança, e que segundo o Guardian vende mais de 100 mil máscaras por ano -, Moore diz adorar a ironia. "É meio vergonhoso para uma corporação tirar lucro de protestos anti-corporativos. Não é uma coisa à qual eles gostariam de ser associados. Mas eles não são do tipo que negam dinheiro - vai contra o instinto deles. Vejo mais graça do que aborrecimento nisso."
Enquanto David Lloyd já participou de uma manifestação
Fonte: Omelete http://www.omelete.com.br
Um comentário:
muito boa a divulgação dessa informação. parabéns pelo blog. recomendo que coloque marcadores, tem muito assunto bacana. tamo junto!
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