Dirigido pelo jornalista Ricardo
Alexandre este ótimo documentário narra com impressionante riqueza de detalhes
( a produção teve o esmero de fazer uma planta do local!) a fugaz trajetória da
mítica casa de shows Napalm, que marcou época na noite paulistana.
Ao contrário do que sempre
imaginei o Napalm durou de julho a novembro de 1983, meros 4 meses, mas esse
curto período foi mais que suficiente para dar o pontapé inicial em várias
manifestações culturais que alguns anos mais tarde viriam a ser o que se
convencionou chamar de `vanguarda paulista`.
Uma das partes que mais me
agradou no documentário foi a em que o proprietário do pardieiro, Ricardo Lobo,
conta que sua intenção original era que o Napalm fosse `O` point punk de São
Paulo.
Recém chegado de temporadas em
Londres e New York, Lobo estava completamente apaixonado pela estética,
filosofia e música do movimento punk, mas não imaginava que a realidade do
estilo em `terras brasilis` era bem diferente da que ele havia conhecido na
Inglaterra e nos E.U.A!
Logo no show de inauguração do
Napalm (Inocentes e R.D.P !!!!) um quebra-pau de proporções bíblicas levou Lobo
a proibir em caráter irrevogável shows de bandas punk/hc na casa!
Com isso o Napalm abriu seu
leque musical/estético e passou a organizar shows de bandas então iniciantes como Ira, Titãs, Ultraje a Rigor, Capital
Inicial, Legião Urbana, etc...., além de projetos na áreas de vídeo e artes
plásticas.
Como João Gordo (que chegou a
trabalhar na casa!) conta a certa altura do documentário `havia uma
efervescência cultural no Napalm`.
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