A banda se reunia diariamente em seu famoso estúdio de ensaio na zona industrial de Phoenix e as composições iam saindo uma após a outra, o que começou de maneira meio `discreta` em `Refuse/Resist` e `Kaiowas` passou a ser o novo som do Sepultura, metal com percussão e outros elementos musicais brasileiros.
Totalmente influenciados pelo 1º LP do Korn, o Sepultura decidiu usar a mesma afinação, o mesmo produtor (Ross Robinson) e o mesmo estúdio (Índigo Ranch, Malibu, Califórnia) que o Korn usou em seu disco de estréia.
A exemplo dos discos anteriores Roots também teve vários convidados, Mike Patton, MC Lethal (House of Pain), Jonathan Davis (Korn) e ............. Carlinhos Brown!
Brown fez alguns vocais e foi encarregado de gravar as percusões do álbum, e não se saiu mal na empreitada, mas sua figura e sua música despertaram um ódio extremo na maioria dos heavies brasileiros, os famosos `xiitas` do metal.
Radicalismos à parte, as gravações transcorreram em um ótimo clima e foram finalizadas com chave de ouro com uma viagem do Sepultura a uma aldeia Xavante no Mato Grosso, em que durante 3 dias nossos amigos conviveram e tocaram com os índios, a viagem culminou na gravação da faixa `Itsari`, que é um dos destaques de Roots.
Vendo a mina de ouro que tinha nas mãos a Roadrunner investiu pesado na banda, fazendo uma campanha de divulgação que não se vê mais hoje em dia.
A gravadora sempre procurou explorar o lado mais `exótico` do Sepultura, e agora a banda estava lhe entregando um trabalho `exótico` ao extremo!
Para fazer a (belíssima!) capa mais uma vez o veterano Michael Whelan foi chamado, a base do visual da capa foi uma antiga nota de mil cruzeiros (quem se lembra?),a arte de Roots é algo que você vê e não esquece mais nunca!
Quando o disco foi lançado a imprensa internacional (principalmente a européia) caiu de quatro, o disco foi super bem recebido, em uma época em que os medalhões do metal estavam em uma mesmice horrível ou flertando descaradamente com o pop, Roots foi um tapa na cara da cena metal.
Indiscutivelmente `Roots` é o disco mais pesado do Sepultura, os caras estavam tocando barbaridade, e as percussões e sons brasileiros valorizaram demais o trabalho, além de dar o tom `exótico` de que os gringos tanto gostam.
Já no Brasil a recepção do disco não foi das melhores, não vou nem falar dos heavies radicais, muito medalhão de MPB com dor de cotovelo pelo indiscutível sucesso internacional do Sepultura taxou o trabalho de `macumba pra turista` pra baixo, e uma parcela do público simplesmente não entendeu o conceito do disco, cansei de ouvir aqui em Goiânia neguinho falando `porque o Max agora só fala de Lampião, Zumbi? E aqueles batuques!`
Alheio ao pavoroso pensamento pequeno e colonizado de grande parte do público brasileiro o Sepultura preparava sua mais bem sucedida tour.
A tour começou com a `Terrorist Dates`, apresentações em muquifos europeus em que eles tinham tocado na época do `Beneath The Remains`!
O disco foi muito bem sucedido na Europa, o que levou o Sepultura a sair do circuito metal (para alegria de Max, que há anos declarava que queria tirar o Sepultura do `mundinho metal`) e passar a se apresentar nos grandes e ecléticos festivais de verão europeu.
O impacto que Roots teve na cena metal em 95/96 é até difícil de ser explicado hoje, quem viveu a época lembra, não é exagero nenhum dizer que naqueles anos o Sepultura era uma das maiores bandas de metal do mundo.
No Brasil, como não poderia deixar de ser, o efeito imediato de `Roots` foi uma pá de bandas horrorosas começarem a dar um jeito de enfiar percussão no som a qualquer custo, sonhando com o mercado internacional.
Na gringa `Roots` popularizou de vez as afinações baixas e ritmos quebrados/grooveados, sendo um dos responsáveis diretos pelo surgimento da geração new metal, muita gente boa diz que os pais do new metal são o Faith no More e o Sepultura, concordo.
A tour de `Roots` foi a mais bem sucedida da carreira do Sepultura, existem vários piratas dessa tour, dê um jeito de baixar algum (ou alguns) deles e veja o quanto que o show dos caras estava foda nessa época.
Mas em meio a tanto sucesso as coisas não estavam nada bem entre os membros do Sepultura.
Com uma certa dose de razão Igor, Paulo, e Andreas, reclamavam nos bastidores que todas as atenções da imprensa estavam voltadas para Max, que estava sendo colocado na posição de `gênio por trás do Roots`.
O clima estava tão tenso que Max e sua família viajavam em um ônibus, e os outros 3 membros e a equipe técnica viajavam em outro....
Sentindo que o trabalho de Gloria Bujnovski/Cavalera como empresária da banda não estava mais sendo satisfatório os 3 usaram uma brecha do contrato para demiti-la, o que causou a saída de Max da banda.
Somente os 4 e Gloria sabem o que realmente rolou, mas baseado em tudo o que eu li na época e em conversas com pessoas próximas às duas partes, parece que o lance foi ciumeira mesmo, e ciúme de homem é foda!
A tour do disco não foi finalizada, o lance da demissão de Gloria aconteceu após um show em Londres.
Uma verdadeira `guerra` entre Max e os outros 3 rolou na imprensa, dessa confusão surgiu o Soulfly e o Sepultura continuou sua carreira com Derrick Green no vocal, mas isso já é outra história!
Já no Brasil a recepção do disco não foi das melhores, não vou nem falar dos heavies radicais, muito medalhão de MPB com dor de cotovelo pelo indiscutível sucesso internacional do Sepultura taxou o trabalho de `macumba pra turista` pra baixo, e uma parcela do público simplesmente não entendeu o conceito do disco, cansei de ouvir aqui em Goiânia neguinho falando `porque o Max agora só fala de Lampião, Zumbi? E aqueles batuques!`
Alheio ao pavoroso pensamento pequeno e colonizado de grande parte do público brasileiro o Sepultura preparava sua mais bem sucedida tour.
A tour começou com a `Terrorist Dates`, apresentações em muquifos europeus em que eles tinham tocado na época do `Beneath The Remains`!
O disco foi muito bem sucedido na Europa, o que levou o Sepultura a sair do circuito metal (para alegria de Max, que há anos declarava que queria tirar o Sepultura do `mundinho metal`) e passar a se apresentar nos grandes e ecléticos festivais de verão europeu.
O impacto que Roots teve na cena metal em 95/96 é até difícil de ser explicado hoje, quem viveu a época lembra, não é exagero nenhum dizer que naqueles anos o Sepultura era uma das maiores bandas de metal do mundo.
No Brasil, como não poderia deixar de ser, o efeito imediato de `Roots` foi uma pá de bandas horrorosas começarem a dar um jeito de enfiar percussão no som a qualquer custo, sonhando com o mercado internacional.
Na gringa `Roots` popularizou de vez as afinações baixas e ritmos quebrados/grooveados, sendo um dos responsáveis diretos pelo surgimento da geração new metal, muita gente boa diz que os pais do new metal são o Faith no More e o Sepultura, concordo.
A tour de `Roots` foi a mais bem sucedida da carreira do Sepultura, existem vários piratas dessa tour, dê um jeito de baixar algum (ou alguns) deles e veja o quanto que o show dos caras estava foda nessa época.
Mas em meio a tanto sucesso as coisas não estavam nada bem entre os membros do Sepultura.
Com uma certa dose de razão Igor, Paulo, e Andreas, reclamavam nos bastidores que todas as atenções da imprensa estavam voltadas para Max, que estava sendo colocado na posição de `gênio por trás do Roots`.
O clima estava tão tenso que Max e sua família viajavam em um ônibus, e os outros 3 membros e a equipe técnica viajavam em outro....
Sentindo que o trabalho de Gloria Bujnovski/Cavalera como empresária da banda não estava mais sendo satisfatório os 3 usaram uma brecha do contrato para demiti-la, o que causou a saída de Max da banda.
Somente os 4 e Gloria sabem o que realmente rolou, mas baseado em tudo o que eu li na época e em conversas com pessoas próximas às duas partes, parece que o lance foi ciumeira mesmo, e ciúme de homem é foda!
A tour do disco não foi finalizada, o lance da demissão de Gloria aconteceu após um show em Londres.
Uma verdadeira `guerra` entre Max e os outros 3 rolou na imprensa, dessa confusão surgiu o Soulfly e o Sepultura continuou sua carreira com Derrick Green no vocal, mas isso já é outra história!
02 - Attitude
03 - Cut-Throat
04 - Ratamahatta
05 - Breed Apart
06 - Straighthate
07 - Spit
08 - Lookaway
09 - Dusted
10 - Born Stubborn
11 - Jasco
12 - Itsári
13 - Ambush
14 - Endangered Species
15 - Dictatorshit
16 - "Procreation (of the wicked)"
17 - "Symptom of the Universe"
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Sepultura "Roots Bloody Roots"
Sepultura - Ratamahatta live 1996
Sepultura - Straighthate live 1996
Sepultura - Dusted live 1996
Sepultura - Attitude live 1996
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