Por que vocês a escolheram para ser o nome da banda?
Também gosto dessa palavra, é o que nos dá gás para continuar.
O nome foi tirado da música Overcome, do Terror, banda de hardcore da Califórnia. Essa música é uma das principais do disco One With The Underdogs, e sempre curti o significado, e em conversas pro nome da banda, eu e o Maurílio chegamos a um consenso que esse nome rolava, e hoje, mais do que antes, o nome tem mais sentido pela proposta da banda.
Quando o Overcome foi formado? Já ocorreram muitas mudanças na formação?
Bem, Overcome foi formado em 2008, mas só fizemos a primeira apresentação em 2009. Eu e o Maurílio (guitarra) tínhamos um projeto, o Hate For Pride, e fizemos 2 shows, apenas. Por insistência, decidimos levar o projeto adiante, com a mesma linha de som. Antes de “fechar” a banda, passaram alguns indivíduos no vocal e no baixo, mas não firmaram. A única mudança mais forte que houve na banda foi a saída do Chita (hoje guitarrista do Mugo), deixando o posto até hoje vago.
Quais são as influências musicais de vocês?
É difícil citar nome de bandas, pois cada um escuta som mais estranho que o outro, hehe, mas as bandas que podem sem unânimes são: Terror, Slayer, Walls Of Jericho, Lesto!, Paura, Agnostic Front. Mas em resumo, as influências musicais são o hardcore, tanto da nova e velha escola, e o metal.
O que procuram expressar com suas letras?
Bicho, tentamos explorar vários temas, relacionando experiência pessoais, problemas comuns e sociais, e quase sempre com uma mensagem de superação e positividade.
Há musica, como Minha Convicção que diz respeito a não abandonar os princípios que o Hardcore e o dia-a-dia nos passa, e não desistir de metas traçadas por problemas banais. Minha Esperança Minha Vingança e Não Sou Mais Um tratam um pouco da temática social e com a mesma idéia de positividade, de nunca desistir. Há outras músicas que tratam de experiências pessoais, como Stand Up, que é o relato de um amigo que sofreu um ataque skinhead aqui
Como vocês definem o som do Overcome?
Hardcore e Metal. As vezes mais metal, as vezes mais hardcore. Som pesado, hehehe.
Essa é para a Mandy. Garota, de onde você tirou esse vocal?!!?
Não é nem um pouco comum ver bandas com vocal feminino aqui em GYN, ainda mais tão agressivo!
Alguns meses atrás assisti um show de vocês no Capim Pub e a única coisa que me vinha à cabeça era Arch Enemy, não por causa do som, mas pelo seu vocal.
Como você descobriu que conseguia fazer esse tipo de vocal?
Faz algum preparo especial para cantar assim?
Quais são os vocalistas que você admira?
Hehehe, eu não “planejei” fazê-lo hora nenhuma. Quando eu era criança, me lembro de passar trote pelo telefone com a minha prima, assustando as pessoas. E ela me ensinou a fazer uns barulhos, algo parecido com gutural, e me lembro dela falando: “o grito tem que sair pela garganta”. Daí mais velha, gostando de hardcore, e admirando os vocais, fui chamada pra fazer parte de uma banda (com o Maurílio e o Markin). Eu nunca tinha falado num microfone antes, muito menos gritado... Tinha acabado de conhecer o pessoal da banda e estava morrendo de vergonha. Tentei fazer um vocal rasgado, saiu horrível, todo desafinado. Foi um dos momentos mais embaraçosos que eu já tive. Mas mesmo assim eu continuei tentando e depois de alguns meses eu já conseguia ter um controle bem maior do meu vocal/respiração. Acho que ainda estou muito longe dessas vocalistas de bandas mais profissionais/conhecidas. É mais diversão, ainda tenho que aprender muita coisa. Antes de “cantar” eu sempre aqueço a respiração, puxando o ar, mexendo a barriga, assim eu não fico rouca e a voz quase não falha. Nossa, eu admiro muitas vocalistas... Tanto fora quanto dentro do hardcore. Gosto da Cyndi Lauper, fez parte da minha infância e não existe algo parecido com seu vocal. Tem a Jeanette Paramo, do Death Rotten Decay e a Gori do Romantic Gorilla. Existem outras, mas com certeza essas duas me cativaram mais. Vale a pena dar uma olhada nos sites: http://stayfemale.blogspot.com e no http://guturalfemale.blogspot.com . Tem muita coisa boa lá.
Já vi alguns shows de vocês e percebi que vocês tem uns `grooves` no som , elementos ritmados.
Inclusive já tem uns `xiitas` locais falando em metalcore e tal.
De onde vem esses grooves? Gostam de bandas ritmadas? Rap?
De início, pros “xiitas” não é metalcore, hehehe, eu acho que tá bem longe de ser. Cara, esses groove’s vem desses sons maloqueiros de hardcore, muitas vezes unidos com rap, e também do próprio rap. Temos idéia de gravar algumas músicas na linha do “rapcore”, já pensamos em alguns nomes, mas nunca vinga a idéia, mas vai rolar, tem que rolar, hehe.
Todos da banda curtem rap, não somos muito presentes na cena rap de Goiânia, mas temos algumas amizades, vários grupos que curtimos, seja daqui ou de fora.
Apesar de serem uma banda bem nova, o que vocês acham que mudou, para melhor ou para pior, da época em que começaram para agora em termos de shows, público, aparelhagem, estrutura, etc?
De 2 anos para cá mudaram algumas coisas, mas o processo é e foi lento e gradativo. Houve o fechamento do CETE para shows de hardcore e rock em geral, que era uma excelente casa para shows pequenos e de médio porte; existe uma dificuldade imensa para que haja shows no Centro Cultural Martim Cererê. Pelo lado bom, hoje existem dois locais a mais para realização de eventos, o DCE PUC para todo tipo de rolê, seja hardcore, seja rap, seja rock em geral, e há tambem o espaço aberto no Old Studio pelo Marcelo, aonde sei que você, Natal, agiliza todo mês um show.
Sobre as aparelhagens sou suspeito de falar, pois o Overcome nunca tocou em um evento que tenha tido aparelhagem ruim, seja por sorte (hehe) ou por haver um compromisso a mais dos organizadores.
Estão tocando bastante? Já tocaram fora de GYN?
Atualmente estamos tocando pouco, o segundo semestre de 2010 foi parado para nós, seja por poucos convites ou até por escolha nossa. Ficamos com a idéia de gravar e lançarmos um material no final de 2010, por isso produzimos pouco, divulgamos bem menos a banda, isso ajudou a cair o número de shows.
Acho que bem pouca gente conhece Overcome fora de Goiânia, então não temos tocado fora da capital, apenas um show em Trindade-GO, no Raio de Rock. Tivemos convite para tocar em 3 cidades do Tocantins, em uma “mini-turnê”, mas esse rolê não rolou, queríamos tocar fora com todo nosso material pronto pra haver uma melhor divulgação em outro estado/cidade, por isso não deu.
Como está a divulgação virtual de vocês?
Ela existe apenas por Orkut e MySpace, nada mais. Quando lançamos a banda fizemos uma divulgação legal, várias pessoas conheceram o som e colaram nos shows, mas pra haver mais divulgação precisamos de material novo, som novo, então projetos e planos pra divulgar os novos sons em 2011 estão sendo colocados em prática, vamos ver o que vira.
Já lançaram demo? Se não, há planos para isso?
Lançamos uma demo virtual, quando lançamos os 4 sons iniciais da banda, mas demo física ainda não, mas há planos sim.
Queremos lançar 10 sons e fizemos um projeto para que até julho/agosto esteja tudo pronto. Terá 6 sons novos e 4 que regravaremos. Aos poucos lançaremos esses sons no myspace.
Markim, como é tocar com a namorada na mesma banda? Não atrapalha nada não?
(risos) Gostei da pergunta. Na verdade não atrapalha, e chega a ser bom pela intimidade que temos, de falar o que achamos e de podermos conversar e traçarmos os projetos juntos. Mas não misturamos muita coisa. Quando há ensaios e shows é todo mundo igual, a diferença é que depois que acaba tudo nós saímos de mãos dadas, hehe.
O que vocês estão escutando ultimamente?
Resumindo o que todos andam escutando pode se dizer que é: Death Metal, Rap Legalize e goiano, Hardcore/Metal de bandas européias, e Noel Rosa! Haha, em resumo é isso.
Está dando para levar o Overcome na boa ou as responsabilidades da vida adulta já estão começando a pesar?
Aos poucos vai pesando e você precisa ir se adaptando às circunstâncias. Os horários livres para ensaio e para shows vão diminuindo, e dependendo do mês a grana também. Atualmente todos da banda estudam e 3 trampam e 1 está a procura de algo, então já é algo a pesar. Mas tem que ser assim, se não, não haveria graça e nem sentido.
Espaço livre
Em primeiro lugar agradecer o blog, nós do Overcome ficamos grato pela chance de podermos falarmos um pouco sobre a banda, e o trabalho que você tem com esse blog é legal, eu, em particular, acompanho sempre que dá os trampos postados aqui, é sempre bom participar de projetos assim, e desejo sorte ao blog e que esse esquema dure, dure e muito,
Em segundo, aos interessados, o Overcome estará entrando em estúdio em fevereiro, gravando novos sons, que estarão na primeira demo física. Junto com os sons serão lançadas as primeiras camisetas e outra remessa de adesivos, então quem estiver a fim, logo logo haverá divulgação.
Grato, Overcome.
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